terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

A gaveta

É engraçado como às vezes tenho uma vontade meio absurda de entrar na sua mente e arrancar qualquer palavra ou sinal ou sabe-se lá o que que me dê uma certeza qualquer de alguma coisa que eu nem mesmo sei o quê.
Mas aí te encontro e nos seus braços esqueço de pensar. Deixo o tempo e as dúvidas guardadas em uma gaveta que só volto a abrir quando chego em casa, acendo um cigarro e deixo passearem pelo quarto e pela minha cabeça e pela cama antes de dormir. 
E me vem de novo essa ideia absurda de invadir teu sono e nos teus sonhos encontrar a chave pra trancá-la e assim conseguir adormecer. Só com o som da chuva e da lembrança de você.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

A brisa

Deixe que a vida te leve, que a chuva refresque seus pensamentos. Espera que o tempo cura, já que nada mesmo dura mais que um momento. Deixa o amor crescer e o vento trazer alguém pra cuidar. E quando for a hora, deixa também ir embora e segue sorrindo. Porque o instante vivido não será esquecido e, aos poucos, essa dor vai dar lugar a uma doce lembrança parecida com o frescor da brisa sentida quando se senta em frente ao mar.