sábado, 24 de maio de 2014

A procura

Reviro os papéis amassados na gaveta, a procura daquilo que sei não estar lá. Os dias se arrastam e a poeira se acumula nos móveis que mantenho intactos como se assim, sem mudar nada de lugar, ainda consiga sentir, ao entrar na sala, o aroma daquelas primaveras. Inútil tentativa. As pétalas já caíram e há muito o silêncio é a companhia que preenche o vão da porta que continua semi-aberta e por onde passa o vento, passa a luz e passa o tempo sem que ela passe de novo por ali.

Um comentário: