quinta-feira, 24 de abril de 2014

a-manhã

Decifra-me.
Demora-te.

Cala minha boca com teu beijo e sufoca meu medo 
com a vontade de nós.
Não deixa que o furacão de pensamentos meus te carregue 
pra longe daqui.
Onde eu não possa te alcançar e a gente se perca logo agora que 
arrombei a porta 
pra você não precisar mais pedir licença quando chegar.


E se você decidir que quer ficar eu posso pintar a parede da sala 
com cores vivas pros dias em que você chegar achando 
que a vida lá fora anda cinza demais 
pros teus olhos azuis.
E quem sabe até arrumo a cama e deixo o sol
entrar pela janela 
só pra ver seu sorriso refletido no meu rosto 
por mais um amanhã.

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